quinta-feira, 4 de abril de 2013

O programa, que será lançado oficialmente hoje, terá como foco 20 fazendas de gado de corte dos municípios de Tucumã e São Felix, no sul do Pará. Parceria no Pará busca Pecuária Sustentável.


Produzir carne bovina de forma sustentável é, afinal, viável no Brasil? Uma parceria inédita no Pará tentará responder essa questão. Conduzido pela Marfrig Alimentos, pela varejista Walmart e pela organização ambientalista The Nature Conservancy (TNC), o programa, que será lançado oficialmente hoje, terá como foco 20 fazendas de gado de corte dos municípios de São Félix do Xingu e Tucumã, no sudeste do Pará.

Essas propriedades estão em processo de seleção, mas todas terão em comum o fato de já estarem regularizadas. Isso quer dizer que já detêm o Cadastro Ambiental Rural (CAR), que sinaliza seus contornos geográficos e déficits ambientais. A intenção é ir além do bê-a-bá.
“Falamos em uma fase pós-CAR, que prevê os próximos passos, como a restauração de florestas e áreas prioritárias e o aumento de produtividade de pastagem e a intensificação de rebanhos”, afirmou Márcio Sztutman, gerente de conservação do Programa Amazônia da TNC.
Com investimento inicial de R$ 500 mil, as três empresas esperam tecnificar os pecuaristas e auxiliá-los a implementar esses aprimoramentos na produção, garantindo a origem da carne comercializada. Conforme os resultados forem aparecendo, esperam atrair outros investimentos para complementar e dar escala à iniciativa.
Para o Marfrig, o timing do projeto é importante também porque a empresa começou a operar no mês passado sua primeira planta no Pará, herdada da aquisição do frigorífico Mercosul. Localizada em Tucumã, ela abate hoje cerca de 200 cabeças de gado por dia, mas pretende chegar no segundo semestre à média de mil cabeças. E comprar gado de fornecedores idôneos da Amazônia é considerado crucial para não começar errado. “Não queremos vigiar ninguém. Queremos que o nosso parceiro [fornecedor] aprenda a fazer a coisa certa”, diz Cruden.
“Estamos tentando encontrar um modelo que funciona, e nossa papel como varejista é valorizar esse produto”, diz Camila Valverde, diretora de Sustentabilidade do Walmart. A carne de Tucumã será direcionada às lojas do Nordeste, hoje abastecidas pelo abate de São Paulo. Segundo os parceiros, a ideia é criar uma estratégia de comunicação para alertar os consumidores sobre o projeto na gôndola. Eles descartam cobrar mais pelo produto.
fonte: zedudu

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